O Discurso do Nobel

No discurso eloquente e franco que proferiu em Estocolmo, Ishiguro reflecte no modo como foi moldado pela educação e nos pontos de viragem da sua carreira – aquelas «centelhas discretas e privadas de revelação» – que o tornaram o escritor que é actualmente.
Com a mesma humanidade generosa que perpassa nos romances, Ishiguro olha também para além de si, para o mundo que as novas gerações de escritores herdarão e para o que significará – e exigirá de nós – certificarmo-nos de que a literatura continua não só viva, mas também essencial.
Um ensaio sobre a matéria de que se faz um escritor, por um dos melhores romancistas do nosso tempo.


Sobre o Autor

Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasáqui, no Japão, em 1954, e vive na Grã-Bretanha desde os cinco anos. Recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2017 e a sua obra está traduzida em mais de quarenta línguas. Entre as outras distinções que reconhecem o seu mérito literário contam-se o grau de Oficial da Ordem do Império Britânico e a condecoração francesa como Chevalier de L'Ordre des Arts et des Lettres. A sua obra é editada em Portugal pela Gradiva.
A Gradiva publicou os seguintes livros do autor: Os Despojos do Dia (1989, vencedor do Booker Prize; adaptado ao cinema); Os Inconsolados (1995, vencedor do Cheltenham Prize); Quando Éramos Órfãos (2000, nomeado para o Booker Prize); Nunca me Deixes (2005, nomeado para o Booker Prize, adaptado ao cinema); Nocturnos (2009, contos); O Gigante Enterrado (2015); Um Artista do Mundo Flutuante (2018).
É o vencedor da edição de 2017 do Prémio Nobel da Literatura.