Palavras de longo rasto histórico, tragédia e trágico constituem, hoje, um dos traços mais marcantes da nossa época, herdeira de um século de ruínas e aberta a inquietantes questões filosóficas, culturais, políticas, mas não menos a renovadas esperanças. Acompanhar o pulsar original da tragédia, olhando o horizonte de possibilidades que a partir dela se gerou, não é apenas matéria de erudição, muito mais do que isso, é enraizarmo-nos, sem disfarces, no concreto da nossa situação, procurando uma visão mais completa do homem e da realidade. Pensar a tragédia é enfrentar o nosso destino, a que não pudemos fugir.

A primeira edição recebeu o Prémio Pen Club 2007 e Prémio Jacinto Prado Coelho, da Associação Portuguesa de Críticos Literários.


Sobre o Autor

José Pedro Serra Licenciou-se em Filosofia, em 1980, na Faculdade de Letras de Lisboa. No mesmo ano terminou o 5º ano do Curso de Teologia na Universidade Católica. Em 1989 obteve o grau de Mestre em Literatura Grega na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e em 19 99 obteve o grau de Doutor em Cultura Clássica na mesma Universidade. É professor catedrático no Departamento de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Autor de vários artigos e conferências na área da cultura, da literatura e da filosofia, participou em vários eventos na Fundação Gulbenkian, em Serralves, na Culturgest.
Recentemente, em colaboração com Ricardo Gil Soeiro, publicou «George Steiner. Das Cinzas do Silêncio à Palavra de Fogo», Porto, 2018, e em 2006, a primeira edição desta obra viu ser-lhe atribuído o prémio do Pen Club 2007, na categoria de Ensaio. Recebeu igualmente o prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Portuguesa dos Críticos Literários. É actualmente o Director da Biblioteca da FLUL.