Neste romance, que tem um dos finais mais surpreendentes da literatura brasileira, Ignácio de Loyola Brandão conta a trajetória de Clara e Felipe a partir de uma separação. Extenuada, ela viu que era impossível continuar amando Felipe.
Quem aceita uma rejeição? Depois disso, o mundo explode. A história se amplia. Que mundo, que país?
Aqui, Loyola eleva à máxima potência a distopia que constituiu seus arrebatadores Zero e Não verás país nenhum.
A narrativa de Desta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela transcorre num futuro indeterminado, em que, ao nascer, todos recebem tornozeleiras eletrónicas, são seguidos, vigiados, fiscalizados por câmaras instaladas nas casas, ruas, quartos de banho. Nesta terra estranha, e ao mesmo tempo tão próxima de nós, a peste se tornou epidemia que dissolve os corpos.


Sobre o Autor

Nasceu em Araraquara em 1936. Jornalista e escritor, tem mais de quarenta livros publicados, entre romances, contos, crónicas e infanto-juvenis. Entre os seus romances mais conhecidos estão Não verás país nenhum e Zero. Os seus livros estão traduzidos em inglês, alemão, italiano, espanhol, húngaro, checo e coreano. Com o infantil O menino que vendia palavras ganhou o Prémio Jabuti de Melhor Livro de Ficção de 2008, e com Os olhos cegos dos cavalos loucos venceu também o Prémio Jabuti 2015 na categoria Melhor Livro Juvenil. Em 2016, recebeu, pelo conjunto da obra, o Prémio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras.