Esta frase: "As mulheres não são chatas, as mulheres estão exaustas" tem sido uma companheira diária que me faz refletir sobre os papéis que desempenhamos. Acima de tudo, faz-me questionar.

Porque estamos tão cansadas? Porque sentimos que o mundo está pendurado nos nossos ombros? Porque ainda temos tantos medos e tantas dúvidas, mesmo nos assuntos mais básicos? Porque ainda pensamos tantas vezes antes de dizer alguma coisa?

Porque ainda achamos que nosso trabalho é um concorrente da nossa família? Porque ainda nos cobramos um tipo de corpo que sabemos que não precisamos nem conseguimos ter?

Só de pensar nisso tudo já dá para ficar exausta. E não teria como não ficar. Mas pode ser mais leve se abandonarmos alguns penduricalhos que realmente não precisam estar ali. Vamos tentar, juntas, nos libertar deles.

Misturando humor, perspicácia e profundidade, a Ruth faz-nos refletir e questionar (pre)conceitos e (in)certezas, recorrendo tanto a autores consagrados quanto à boa e velha sabedoria de boteco. Uma leitura atual e necessária.


Sobre o Autor

Ruth Manus nasceu em São Paulo em 1988 e é advogada, professora universitária e escritora. Casada com um português, vive em Lisboa desde 2015. Licenciou-se em Direito na Pontifícia Universidade de São Paulo, onde também fez o mestrado em Processo do Trabalho. Viveu em Paris e em Roma, onde fez uma pós-graduação em Direito Sindical. Já em Portugal, tirou uma pós-graduação em Direito Europeu e agora faz o doutoramento em Direito Internacional, ambos na Universidade Clássica.
É professora de Direito do Trabalho e Direito Internacional. Escreve no Estadão, jornal de São Paulo, desde 2014 e no Observador desde 2016. Tem dois livros de crónicas publicados no Brasil. Apaixonada por Portugal e pelo Brasil desde sempre. Não há país europeu onde pudesse estar mais feliz.